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Vacina Contra Hepatite B


Historicamente a vacina contra hepatite B foi desenvolvida a partir de plasma de doadores contendo o vĂ­rus B, sendo que o mesmo era inativado durante o processo de fabricaĂ§Ă£o da vacina. A do tipo francesa era inativada pela formalina diluĂ­da a 1/4.000, durante 48 horas a 30ºC e para a norte americana, era utilizada a formalina a 1/4.000, durante 72 horas a 36ºC. Ambas eram finalmente adsorvidas em hidrĂ³xido de alumĂ­nio. O modo de preparo era suficiente para inativar quaisquer vĂ­rus presentes no sangue humano, inclusive os vĂ­rus HIV, responsĂ¡veis pela SĂ­ndrome da imunodeficiĂªncia adquirida (AIDS).

Atualmente, por meio da engenharia genĂ©tica, Ă© possĂ­vel fazer a identificaĂ§Ă£o e a clonagem molecular do genoma do vĂ­rus (HBsAg), tornando possĂ­vel a produĂ§Ă£o de uma nova vacina. Esta vacina, DNA recombinante, possui 20µg de HBsAg por dose, sendo adsorvida em hidrĂ³xido de alumĂ­nio devendo ser conservada em geladeira entre +2 e +8ºC. Estudos comparativos entre a vacina derivada de plasma e a vacina DNA recombinante mostraram que a qualidade dos anticorpos produzidos tanto do ponto de vista de afinidade quanto de especificidade Ă© semelhante.

A idade para vacinaĂ§Ă£o, de acordo com o Programa Nacional de Imunizações de 1998, Ă© a partir do nascimento. As doses preconizadas dependem do laboratĂ³rio produtor. Para os menores de 20 anos: 5 ou 10 microgramas (0,5ml); para pessoas com idade igual ou superior a 20 anos: 10 ou 20 microgramas (1,0ml).

O esquema preconizado para os recĂ©m-nascidos Ă© de trĂªs doses, sendo a primeira ao nascer, a segunda dose 30 dias apĂ³s e a terceira seis meses apĂ³s a primeira dose (esquema 0, 1 e 6 meses). Salienta-se os intervalos mĂ­nimos a serem observados: a) para a segunda dose: um mĂªs apĂ³s a primeira; b) para a terceira dose: dois meses apĂ³s a segunda, desde que o intervalo de tempo decorrido a partir da primeira dose seja, no mĂ­nimo de 6 meses.

O esquema de vacinaĂ§Ă£o para indivĂ­duos adultos consiste na aplicaĂ§Ă£o por via intramuscular de trĂªs doses, contendo 10 microgramas de antĂ­geno vĂ­ral (HBsAg) por dose. O intervalo entre a primeira e a segunda dose Ă© de um mĂªs e entre a primeira e a terceira, de seis meses. A vacina tambĂ©m estĂ¡ indicada para todos os doentes submetidos Ă  hemodiĂ¡lise, hemofĂ­licos, homossexuais, cĂ´njuges de doentes HBsAg positivos, toxicĂ´manos, pessoal mĂ©dico, dentistas e paramĂ©dicos, funcionĂ¡rios em contato com sangue e derivados.

Os indivĂ­duos que serĂ£o submetidos Ă  vacinaĂ§Ă£o deverĂ£o ser previamente triados quanto Ă  presença de anticorpos do tipo anti-HBsAg e do antĂ­geno HBsAg em seus soros. Os indivĂ­duos com sorologia positiva para o anti-HBsAg, devido Ă  imunidade presente, estĂ£o dispensados da vacina. Os portadores crĂ´nicos de HBsAg tambĂ©m, pois nĂ£o respondem a este estĂ­mulo antigĂªnico. Os doentes em hemodiĂ¡lise devem ser submetidos ao mesmo esquema de vacinaĂ§Ă£o, porĂ©m devem receber doses de inĂ³cuo acima de 20 microgramas por dose aplicada.

Para a prevenĂ§Ă£o da transmissĂ£o vertical, ou seja, os recĂ©m-nascidos de mĂ£es HBsAg positivas devem ser vacinados imediatamente apĂ³s o parto (nas primeiras 12 horas) nas doses acima preconizadas, associadas Ă  imunoglobulina especĂ­fica contra hepatite B (IGHB 0,5 ml intramuscular). Ambas, vacina e imunoglobulina, podem ser administradas simultaneamente, porĂ©m em locais de aplicaĂ§Ă£o diferentes. Se nĂ£o se dispuser da imunoglobulina deve-se aplicar a vacina imediatamente. Estas crianças devem receber uma dose de reforço da vacina no primeiro e no sexto mĂªs de vida. ApĂ³s isto, deve-se testar a presença do HBsAg e do anti-HBsAg. O HBsAg positivo indica falha terapĂªutica. O anti-HBsAg positivo indica sucesso vacinal.

Nos indivĂ­duos normais e vacinados com o esquema proposto, cerca de 95% apresentam anticorpos protetores do tipo anti-HBsAg apĂ³s a terceira dose da vacina. Nos indivĂ­duos debilitados e imunossuprimidos a porcentagem de anticorpos produzidos Ă© variĂ¡vel.

A via de aplicaĂ§Ă£o deve ser de preferĂªncia a intramuscular, no mĂºsculo vasto lateral da coxa em crianças menores de dois anos de idade, ou no deltĂ³ide, acima dessa faixa etĂ¡ria. A vacina nĂ£o deve se aplicada na regiĂ£o glĂºtea. Em pacientes com graves tendĂªncias hemorrĂ¡gicas, a vacina pode ser administrada por via subcutĂ¢nea - caso se utilize a via intramuscular, a aplicaĂ§Ă£o deve-se seguir de compressĂ£o local com gelo.

Os efeitos colaterais sĂ£o raros, porĂ©m os mais freqĂ¼entes sĂ£o dor local, febre, induraĂ§Ă£o e fadiga. A Ăºnica contra-indicaĂ§Ă£o Ă© a ocorrĂªncia de reaĂ§Ă£o anafilĂ¡tica apĂ³s a aplicaĂ§Ă£o da dose anterior.

Fonte: vacinas.org.br

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