A infecção pelo HIV tem sido considerada de caráter crônico evolutivo e potencialmente controlável, desde o surgimento da terapia anti-retroviral combinada (TARV) e da disponibilização de marcadores biológicos, como CD4 e carga viral, para o monitoramento de sua progressão.
Tais avanços tecnológicos contribuíram de forma bastante positiva para vida das pessoas que vivem e convivem com HIV.
Desde então, a adesão ao tratamento se destaca entre os maiores desafios da atenção às pessoas vivendo com HIV/aids, uma vez que demanda de seus usuários mudanças comportamentais, dietéticas, o uso de diversos medicamentos por toda a vida, além da necessidade, por parte dos serviços, de novos arranjos e oferta de atividades específicas em adesão.
Neste cenário, propomos esta publicação aos profissionais que trabalham com este tema, com o objetivo de que as atividades em adesão extrapolem a compreensão focada apenas nos medicamentos e ampliem suas ações -de forma compartilhada com os usuários para fora dos espaços tradicionalmente utilizados.
Optamos, neste manual, por apresentar algumas situações de maior vulnerabilidade para a adesão ao tratamento e atividades que possam ser desenvolvidas para minimizar possíveis dificuldades. Esperamos, assim, proporcionar a melhoria na qualidade de vida de quem vive com HIV/aids e reafirmar a importância da adesão ao tratamento, compreendida na sua maior amplitude conceitual.
Mariângela Galvão Simão
Diretora do Programa Nacional de DST e Aids.
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