Quais são os números das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) no Brasil e no mundo?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorram, no mundo, cerca de 340 milhões de casos por ano. Nessa estimativa, não estão incluídos os casos de herpes genital e HPV. Os números são alarmantes. Uma pesquisa recente realizada pelo Ministério da Saúde sugere que mais de 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de uma DST. Desse total, cerca de 18% dos homens e 11,4% das mulheres não buscaram atendimento médico. Os problemas causados pelas DSTs podem aumentar em até 18 vezes as chances de contrair o vírus da aids (HIV). No Brasil, as estimativas de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa são:
— Sífilis: 937 mil
— Gonorreia: 1,5 milhão
— Clamídia: 1,9 milhão
— Herpes genital: 640 mil
— HPV: 685 mil
Quais as DSTs mais comuns?
As DST são tidas como um grave problema de saúde pública, por afetarem muitas pessoas. Além disso, os sinais e sintomas são de difícil identificação. Uma das principais preocupações relacionadas às DSTs é o fato de facilitarem a transmissão sexual do HIV. Um grande número de infecções é transmitido predominantemente ou exclusivamente por contato sexual. Vários estudos mostram que as DSTs afetam pessoas de ambos os sexos, de todas as raças e de todos os níveis sociais.
Muitos dos casos são epidêmicos, incluindo gonorreia (uretrite gonocóccica), infecção da uretra não causada pela gonorreia (uretrite não gonocóccica), herpes genital, condiloma, escabiose e infecções na uretra e na vagina causadas por bactérias e fungos.
Além dessas doenças epidêmicas, podemos incluir a sífilis, o chato (pediculosis pubis), infecção vaginal e outras. Aids e hepatite B são transmitidas pelo contato sexual, mas também também de outras formas.
Quanto à gravidade, doenças como aids, sem uma vacina ou cura até o momento, hepatite B, que pode se tornar uma doença crônica levando à insuficiência hepática, e sífilis, que se não tratada pode apresentar um quadro neurológico grave, representam, ainda nos dias de hoje, grandes desafios.
Quais os sintomas de uma DST?
As DSTs são causadas por vários tipos de agentes. São transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso consistente da camisinha, seja feminina, seja masculina, com uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. Algumas são de fácil tratamento e rápida resolução. Outras têm tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora.
Mulheres, em especial, devem ser bastante atenciosas, já que, em diversos casos de DST, não é fácil distinguir os sintomas das reações orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher consultas periódicas ao médico. Algumas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como a hepatite B. Outras DSTs (aids e sífilis) também podem ser transmitidas da mãe infectada para o bebê durante a gravidez, o parto ou a amamentação.
O tratamento melhora a qualidade de vida, interrompe a cadeia de transmissão e também diminui o risco de transmissão do HIV/Aids, pois as feridas nos órgãos genitais favorecem a entrada do vírus.
Existe um grupo de risco para as DSTs?
Atualmente, podemos concluir que a multiplicação dos grupos de risco para aquisição de DST/aids faz com que praticamente toda a população sexualmente ativa possa se contagiar. Além disso, acredita-se que o termo “grupo de risco”, além de discriminatório, está desatualizado, e que as chances de infecção são relacionadas mais ao comportamento do que à opção sexual. Desta forma, faz-se necessário substituir o “grupo de risco” para “comportamento de risco” ao se avaliar as chances de contaminação.
Fora a área genital, os sinais podem aparecer em outras regiões do corpo?
Apesar das doenças venéreas se manifestarem na genitália externa, elas podem atingir a próstata, o útero, os testículos e outros órgãos internos. Algumas dessas infecções causam apenas irritação local, coceira e leve dor. A gonorreia e a clamídia podem causar infertilidade em mulheres.
Quais delas causam graves consequências no organismo da mulher ou do homem?
Assim como qualquer doença, as DSTs, quando não tratadas, podem levar a consequências sérias. Por exemplo, um HPV pode originar uma câncer de pênis no homem e câncer de colo de útero na mulher. Algumas uretrites mais graves podem levar a uma estenose da uretra (canal por onde passa a urina), sífilis pode originar consequências neurológicas graves, assim como promover o aparecimento de lesões genitais, que podem levar a cicatrizes e deformidades no corpo do pênis.
Pais infectados podem transmitir a doença para seus filhos?
As DSTs, quando acometem gestantes, podem atingir o feto durante seu desenvolvimento, causando-lhe lesões. Podem, também, provocar aborto, determinar uma gravidez ectópica (fora do útero) ou, ainda, causar o nascimento de crianças com graves malformações. Durante o parto, podem atingir o recém-nascido, causando doenças nos olhos e nos pulmões, entre outros problemas.
Quais são os tratamentos mais modernos?
Apesar de os tratamentos para as DST’s, hoje em dia, serem baseados no antibiótico, devem-se adotar medidas que visem não só ao tratamento da infecção clínica como à remoção das lesões em muitos pacientes. Nenhum dos tratamentos disponíveis é superior aos outros; e nenhum tratamento será o ideal para todos os pacientes nem para todas as lesões, ou seja, cada caso deverá ser avaliado para que se tenha a conduta mais adequada.
Outras medidas são necessárias para um melhor resultado: ênfase na adequada higiene, geral e genital, tratamento de patologias associadas, em especial infecções genitais, investigação e tratamento das parcerias e parceiros sexuais e abstenção das relações sexuais durante o período de tratamento. O uso regular de preservativos é fundamental paraa todos os portadores ou não de DST.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorram, no mundo, cerca de 340 milhões de casos por ano. Nessa estimativa, não estão incluídos os casos de herpes genital e HPV. Os números são alarmantes. Uma pesquisa recente realizada pelo Ministério da Saúde sugere que mais de 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de uma DST. Desse total, cerca de 18% dos homens e 11,4% das mulheres não buscaram atendimento médico. Os problemas causados pelas DSTs podem aumentar em até 18 vezes as chances de contrair o vírus da aids (HIV). No Brasil, as estimativas de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa são:
— Sífilis: 937 mil
— Gonorreia: 1,5 milhão
— Clamídia: 1,9 milhão
— Herpes genital: 640 mil
— HPV: 685 mil
Quais as DSTs mais comuns?
As DST são tidas como um grave problema de saúde pública, por afetarem muitas pessoas. Além disso, os sinais e sintomas são de difícil identificação. Uma das principais preocupações relacionadas às DSTs é o fato de facilitarem a transmissão sexual do HIV. Um grande número de infecções é transmitido predominantemente ou exclusivamente por contato sexual. Vários estudos mostram que as DSTs afetam pessoas de ambos os sexos, de todas as raças e de todos os níveis sociais.
Muitos dos casos são epidêmicos, incluindo gonorreia (uretrite gonocóccica), infecção da uretra não causada pela gonorreia (uretrite não gonocóccica), herpes genital, condiloma, escabiose e infecções na uretra e na vagina causadas por bactérias e fungos.
Além dessas doenças epidêmicas, podemos incluir a sífilis, o chato (pediculosis pubis), infecção vaginal e outras. Aids e hepatite B são transmitidas pelo contato sexual, mas também também de outras formas.
Quanto à gravidade, doenças como aids, sem uma vacina ou cura até o momento, hepatite B, que pode se tornar uma doença crônica levando à insuficiência hepática, e sífilis, que se não tratada pode apresentar um quadro neurológico grave, representam, ainda nos dias de hoje, grandes desafios.
Quais os sintomas de uma DST?
As DSTs são causadas por vários tipos de agentes. São transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso consistente da camisinha, seja feminina, seja masculina, com uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. Algumas são de fácil tratamento e rápida resolução. Outras têm tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora.
Mulheres, em especial, devem ser bastante atenciosas, já que, em diversos casos de DST, não é fácil distinguir os sintomas das reações orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher consultas periódicas ao médico. Algumas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como a hepatite B. Outras DSTs (aids e sífilis) também podem ser transmitidas da mãe infectada para o bebê durante a gravidez, o parto ou a amamentação.
O tratamento melhora a qualidade de vida, interrompe a cadeia de transmissão e também diminui o risco de transmissão do HIV/Aids, pois as feridas nos órgãos genitais favorecem a entrada do vírus.
Existe um grupo de risco para as DSTs?
Atualmente, podemos concluir que a multiplicação dos grupos de risco para aquisição de DST/aids faz com que praticamente toda a população sexualmente ativa possa se contagiar. Além disso, acredita-se que o termo “grupo de risco”, além de discriminatório, está desatualizado, e que as chances de infecção são relacionadas mais ao comportamento do que à opção sexual. Desta forma, faz-se necessário substituir o “grupo de risco” para “comportamento de risco” ao se avaliar as chances de contaminação.
Fora a área genital, os sinais podem aparecer em outras regiões do corpo?
Apesar das doenças venéreas se manifestarem na genitália externa, elas podem atingir a próstata, o útero, os testículos e outros órgãos internos. Algumas dessas infecções causam apenas irritação local, coceira e leve dor. A gonorreia e a clamídia podem causar infertilidade em mulheres.
Quais delas causam graves consequências no organismo da mulher ou do homem?
Assim como qualquer doença, as DSTs, quando não tratadas, podem levar a consequências sérias. Por exemplo, um HPV pode originar uma câncer de pênis no homem e câncer de colo de útero na mulher. Algumas uretrites mais graves podem levar a uma estenose da uretra (canal por onde passa a urina), sífilis pode originar consequências neurológicas graves, assim como promover o aparecimento de lesões genitais, que podem levar a cicatrizes e deformidades no corpo do pênis.
Pais infectados podem transmitir a doença para seus filhos?
As DSTs, quando acometem gestantes, podem atingir o feto durante seu desenvolvimento, causando-lhe lesões. Podem, também, provocar aborto, determinar uma gravidez ectópica (fora do útero) ou, ainda, causar o nascimento de crianças com graves malformações. Durante o parto, podem atingir o recém-nascido, causando doenças nos olhos e nos pulmões, entre outros problemas.
Quais são os tratamentos mais modernos?
Apesar de os tratamentos para as DST’s, hoje em dia, serem baseados no antibiótico, devem-se adotar medidas que visem não só ao tratamento da infecção clínica como à remoção das lesões em muitos pacientes. Nenhum dos tratamentos disponíveis é superior aos outros; e nenhum tratamento será o ideal para todos os pacientes nem para todas as lesões, ou seja, cada caso deverá ser avaliado para que se tenha a conduta mais adequada.
Outras medidas são necessárias para um melhor resultado: ênfase na adequada higiene, geral e genital, tratamento de patologias associadas, em especial infecções genitais, investigação e tratamento das parcerias e parceiros sexuais e abstenção das relações sexuais durante o período de tratamento. O uso regular de preservativos é fundamental paraa todos os portadores ou não de DST.
Fonte: Oskar Kaufmann, urologista, especialista em cirurgia robótica em urologia
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