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5.4.1. Estimulantes

5.4.1. Estimulantes: são drogas que fazem as pessoas se sentirem mais alertas e energéticas, através da ativação ou excitação do seu sistema nervoso central (SNC). Há muitas drogas estimulantes em uso hoje em dia; algumas são provenientes de plantas encontradas na natureza, outras são substâncias químicas produzidas em laboratório. Essas drogas provocam efeitos ligeiramente diferentes, com duração variada, mas todas aumentam o nível de energia no sistema nervoso de forma bastante semelhante.

Tipos de estimulantes:

DROGAS

USO TERAPÊUTICO

EFEITO DO USO

EFEITO DO ABUSO

Cafeína-Chá preto, Mate, Café Guaraná.

Tratamento de enxaqueca

Estimulante suave

Taquicardia e irritabilidade

Nicotina-Fumo, Tabaco.

Vacina contra cárie

(em estudo)

Relaxante suave

Doenças cardiovasculares e câncer de pulmão

Cocaína - Pó

Anestésico local

Estimulante forte; Desinibidor.

Insônia falta de apetite, paranóia de perseguição e irritabilidade.

Anfetaminas – Bolinha - Rebite

Moderador de apetite

Estimulante forte; Hiperatividade.

Insônia, irritação, delírio e agressividade.


Original da Etiópia, o café era utilizado em rituais religiosos no Oriente Médio há mais ou menos mil anos. Foi introduzido na Europa no século 17, tornando-se proibido por ser uma substância nova e desconhecida. Entretanto, logo a bebida tornou-se socialmente aceita e as autoridades nada puderam fazer para mantê-la na clandestinidade.

Hoje, o café é uma droga inteiramente aprovada - tanto que muitas pessoas que o consomem regularmente ficam surpresas ao saber que ele não só é uma droga muito poderosa, mas também pode causar dependência e problemas de saúde.

Outras bebidas contêm cafeína, como o chá mate, refrigerantes a base de cola e o guaraná, também o chocolate é feito de um fruto, o cacau. Os Astecas consideravam-no sagrados e usavam o cacau apenas em rituais religiosos.

Coca e cocaína (Erytroxilon coca):

Coca é uma planta nativa dos Andes e cultivada por índios sul-americanos há milhares de anos. A planta é legal no Peru e na Bolívia, onde milhões de nativos mascam a folha diariamente, como estimulante e remédio (seu chá é necessário para combater os males físicos do ar rarefeito em locais muito acima do nível do mar). Ao contrário do café, que irrita o estômago, um dos efeitos da coca é justamente o de acalmá-lo e anestesiá-lo, sendo, no entanto, mais estimulante para o SNC do que a cafeína.

A coca tornou-se popular na América do Norte e Europa a partir do final do século 19, sob a forma de bebidas como o vinho e as primeiras versões de coca-cola. Nessa mesma época, cientistas isolaram a substância cocaína, presente na folha da coca, e a transformaram num pó branco, logo utilizado como anestésico local para pequenas cirurgias. Além disso, os médicos prescreviam a cocaína como remédio para vários males, inclusive dependência de álcool e opiáceos, o que em breve se descobriu impróprio, pois a cocaína também causava dependência e provocava os outros tipos de males físicos.

No início deste século, a coca e a cocaína foram proibidas, obrigando a coca-cola a retirar a substância ativa de sua fórmula e vários remédios à base de coca ou cocaína (como pastilhas para dor de garganta) desapareceram das prateleiras das farmácias. Desde então, desenvolveu-se um grande mercado negro e o consumo de cocaína só cresceu, mesmo sendo esta substância proibida na maioria dos países.

Diferentemente das formas de consumo da cocaína, que pode ser cheirada, injetada e/ ou esfregada nas mucosas, os subprodutos de seu refino como a merla no Centro-oeste Brasileiro e mescla no Norte – em forma de pasta - e o crack - ou oxidado em forma de pedrinhas - são fumados como cigarro e em cachimbos. Ambos proporcionam alto risco de dependência e seus efeitos têm curta duração.


Anfetaminas e drogas afins (ou substitutas):

Anfetaminas são estimulantes sintéticos desenvolvidos na Alemanha, nos anos 30. Sua estrutura química é semelhante à da adrenalina, substância estimulante produzida naturalmente em nosso corpo pelas glândulas supra-renais. Seus efeitos lembram os da cocaína, mas têm duração mais longa e são mais tóxicos, pois sua eliminação é bem mais difícil.

O uso de anfetaminas foi encorajado durante a Segunda Guerra Mundial e altamente recomendado como antidepressivo a partir dos anos 50. Hoje em dia, a produção e a prescrição de anfetaminas são controladas, pois já se sabe que causam dependência e provocam efeitos colaterais na mente e no corpo, em períodos muito curtos. Exemplos: Hipofagin, Reativan.

Drogas substitutas

Com a proibição do uso indiscriminado de anfetaminas, surgiram vários substitutos, pílulas feitas de substâncias não controladas, como a efedrina, que vem de uma planta do deserto e originalmente era utilizada para tratamento de asma. A cafeína entra como componente de algumas dessas pílulas, cujo perigo de superdosagem é real, já que seu efeito não é tão forte como os das anfetaminas, o que pode levar à ingestão de grandes quantidades para se atingir o efeito desejado. Entretanto, esses substitutos das anfetaminas não são totalmente proibidos, e alguns tipos podem ser comprados em farmácias. Já outros tipos só são encontrados no comércio ilegal. Exemplos: Dualid.


Tabaco e nicotina

O tabaco é uma das plantas mais estimulantes dentre as conhecidas, e a nicotina-seu princípio ativo – é uma das drogas mais tóxicas que existem. Sob a forma de cigarros industrializados, o tabaco é a droga mais viciante que se conhece. Além de fumado, o tabaco pode ser cheirado (rapé) ou transformado em pasta, e então espalhado nas gengivas.

Os países em desenvolvimento concentram 80% do consumo mundial de fumo, o tabagismo responde por 4,9 milhões de mortes anuais no mundo (10 mil mortes/dia). No Brasil, cerca de 200 mil pessoas morrem por ano vítimas de doenças produzidas pela dependência do tabaco; 1/3 da população adulta brasileira fuma (amostragem: 23.457 pessoas), sendo que os homens consomem mais tabaco que mulheres. Os jovens das regiões sul e sudeste consomem mais que norte e nordeste. O Brasil vive uma contradição: por um lado é liderança mundial no combate ao tabagismo, por outro, é o segundo maior produtor internacional de tabaco e o primeiro exportador da matéria prima.

A mortalidade por outros tipos de câncer entre tabagistas é de 30%, e para o câncer de pulmão 90%. Acrescenta-se ainda as doenças crônico-degenerativas: 25% doenças coronarianas, 85% doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% doença cerebrovascular.

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