Hepatite D

A hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para contaminar uma pessoa. E sua transmissão, assim como a do vírus B, ocorre: por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada; ao compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam; da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. Por suas formas de transmissão, é considerada uma doença sexualmente transmissível.

Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais discretos da doença. Os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de 30 a 50 dias após a infecção.

A gravidade da doença depende do momento da infecção pelo vírus D. Pode ocorrer ao mesmo tempo em que a contaminação pelo vírus B ou atacar portadores de hepatite B crônica (quando a infecção persiste por mais de seis meses).

Infecção simultânea dos vírus D e B
Na maioria das vezes, manifesta-se da mesma forma que hepatite aguda B. Não há tratamento específico e a recomendação médica consiste em repouso e alimentação leve e proibição do consumo de bebidas alcoólicas por um ano. Apesar disso, a coinfecção tem completa recuperação. A evolução para a forma crônica da doença ocorre em 5% dos casos.

Infecção pelo vírus D em portadores do vírus B
Nesses casos, o fígado pode sofrer danos severos, como cirrose ou até mesmo formas fulminantes de hepatite. Pelo caráter grave dessa forma de hepatite, o diagnóstico deve ser feito o mais rápido possível e o tratamento só pode ser indicado por médico especializado. É a principal causa de cirrose hepática em crianças e adultos jovens na região amazônica do Brasil.

Previna-se
Como a hepatite D depende da presença do vírus B para se reproduzir, as formas de evitá-la são as mesmas do tipo B da doença. Além de tomar as três doses da vacina que previne contra a hepatite B, é recomendado:
. Não compartilhar alicates de unha, lâminas de barbear, escovas de dente, seringas ou agulhas para uso de drogas injetáveis;
. Usar preservativo em todas as relações sexuais (vaginal, anal e oral);
. Além disso, toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar as hepatites, a aids e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho. Em caso positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas, inclusive sobre o tipo de parto e a não amamentação, até que a criança tome a primeira dose da vacina contra o tipo B.

Biologia
O vírus da hepatite D, o VHD, é incompleto e precisa do antígeno de superfície HBsAg para se replicar.

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