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Leishmaniose tegumentar americana - (LTA)

Descrição - Doença parasitária da pele e mucosas, de caráter pleomórfico, causada por protozoários do gênero Leishmania. A doença cutânea apresenta- se classicamente por pápulas, que evoluem para úlceras com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura, que podem ser únicas ou múltiplas, mas indolores.

Também pode manifestar-se como placas verrucosas, papulosas, nodulares, localizadas ou difusas. A forma mucosa, secundária ou não à cutânea, caracteriza-se por infiltração, ulceração e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Quando a destruição dos tecidos é importante, podem ocorrer perfurações do septo nasal e/ou palato.

Sinonímia - Úlcera de Bauru, nariz de tapir, botão do Oriente.

Agente etiológico - Há várias espécies de leishmanias envolvidas na transmissão.

No Brasil, as mais importantes são Leishmania viannia braziliensis, Leishmania Leishmania amazonensis e Leishmania Viannia guyanensis.

Reservatório - Masurpiais, roedores, preguiça, tamanduá, cão, eqüinos e mulas.

Modo de transmissão - Através da picada de insetos flebotomíneos do gênero Lutzomya.

Período de incubação - Em média, de 2 a 3 meses, podendo apresentar períodos mais curtos (duas semanas) e mais longos (dois anos).

Período de transmissibilidade - Desconhecido. Não há transmissão homem a homem. A transmissão se dá através do vetor que adquire o parasito ao picar reservatórios, transmitindo-o ao homem.

Complicações - Na forma mucosa grave, pode apresentar disfagia, disfonia, insuficiência respiratória por edema de glote, pneumonia por aspiração e morte.

Diagnóstico - Suspeita clínico-epidemiológica associada a intradermorreação de Montenegro (IDRM) positiva e/ou demonstração do parasito através do exame parasitológico direto em esfregaço de raspado da borda da lesão, ou imprint feito com o fragmento da biópsia; histopatologia ou isolamento em cultura. A imunofluorescência não deve ser utilizada como critério isolado para diagnóstico de LTA. Entretanto, pode ser considerada como critério adicional no diagnóstico diferencial com outras doenças, especialmente nos casos sem demonstração de qualquer agente etiológico.

Diagnóstico diferencial

Forma cutânea - Úlceras traumáticas, úlceras vasculares, úlcera tropical, paracoccidioidomicose, esporotricose, cromomicose, neoplasias cutâneas, sífilis e tuberculose cutânea.

Forma mucosa - Hanseníase virchowiana, paracoccidioidomicose, sífilis terciária, neoplasias.

Tratamento – Procure seu médico ou posto de saúde.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Objetivos - Diagnosticar e tratar precocemente os casos, visando reduzir as complicações e deformidades provocadas pela doença.

Nas áreas de transmissão domiciliar, reduzir a incidência da doença com a adoção de medidas de controle pertinentes.

Definição de caso

Suspeito - Indivíduo com lesões cutâneas e/ou de mucosa, conforme descrito anteriormente;

Confirmado - Indivíduo com suspeita clínica, que apresenta um dos seguintes critérios: residência, procedência ou deslocamento em área com confirmação de transmissão, associado ao encontro do parasita nos exames parasitológicos; residência, procedência ou deslocamento em área com confirmação de transmissão, associado à intradermorreação de Montenegro (IDRM) positiva; residência, procedência ou deslocamento em área com confirmação de transmissão sem associação a outro critério, quando não há acesso a métodos de diagnóstico. Nas formas mucosas, considerar a presença de cicatrizes cutâneas anteriores como critério complementar para a confirmação do diagnóstico.

Investigação epidemiológica - Realizar investigação epidemiológica visando determinar se a área é endêmica ou se é um novo foco; se o caso é autóctone ou importado e quais são suas características (forma clínica, idade, sexo e ocupação).

MEDIDAS DE CONTROLE

Na cadeia de transmissão - Diagnóstico precoce e tratamento adequado dos casos humanos e redução do contato homem-vetor.

O controle químico só é indicado nas áreas com confirmação de transmissão no Peri e/ou intradomicílio. Quanto ao controle de reservatórios, não é recomendada a realização de inquéritos sorológicos. A eutanásia em cães só é indicada em situações nas quais o animal apresente lesão cutânea com confirmação diagnóstica, acompanhada da autorização do proprietário.

Medidas educativas - Orientação quanto às medidas de proteção individual,como uso de roupas apropriadas, repelentes, mosquiteiros, telas finas em portas e janelas. Em áreas de risco para assentamento de populações humanas, sugere-se uma faixa de segurança de 200 a 300 metros entre as residências e a floresta, cuidando-se para evitar o desequilíbrio ambiental.

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