Caderno de Boas Práticas em HIV/Aids na Atenção Básica



Esta publicação tem por objetivo mostrar como o processo de descentralização do  cuidado das pessoas vivendo com HIV/aids para a atenção básica acontece na prática.

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais esteve nas cidades de Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Fortaleza para ver e compartilhar com todos o que cada um desses municípios fez ou vai fazer para acolher as pessoas que têm o vírus da aids nas unidades básicas de saúde.

A gestão compartilhada do cuidado do portador do HIV entre a rede primária (a Unidade Básica de Saúde - UBS) e a rede secundária (o Serviço de Assistência Especializada - SAE) é a chave para melhorar a assistência dos soropositivos no Brasil.

A única forma de aumentar o acesso tanto à assistência quanto ao diagnóstico do HIV é por meio da rede básica de saúde. Essa é a hora de os profissionais dos SAE compartilharem o conhecimento sobre o manejo clínico da doença, adquirido em 30 anos de epidemia e permanentemente atualizado, com os profissionais da rede de atenção primária. Por meio da gestão compartilhada do cuidado, será possível ampliar o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento no momento oportuno. Essas duas ações são fundamentais para diminuir os óbitos relacionados à aids e garantir uma sobrevida com qualidade aos soropositivos.

Algumas ações do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, como: a ampliação do teste rápido anti-HIV nas unidades básicas de saúde; o tratamento precoce com antirretrovirais independentemente da taxa de CD4; e a distribuição da dose fixa combinada (uma só pílula com tenofovir, lamivudina e efavirenz) favorecem o processo de descentralização do cuidado das pessoas vivendo com HIV.

O Ministério da Saúde, por meio do novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Adultos Vivendo com HIV/Aids, deve iniciar em 2014 o tratamento de 100 mil soropositivos. Desse número, 68 mil são pessoas que têm diagnóstico positivo para aids e CD4 < 500 células/mm3, às quais, apesar de estarem em serviços especializados de aids, não foi oferecida a possibilidade de iniciar o tratamento com antirretroviral. “Em dezessete anos de provisão da terapia antirretroviral, TARV, fornecemos tratamento para cerca de 313 mil portadores do HIV. Com o novo Protocolo, vamos aumentar em 25% o número de pessoas em TARV. Temos que ampliar a rede de assistência para garantir o acesso de todos ao sistema de saúde”, a_rma Fábio Mesquita, Diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

Para melhorar os índices do HIV/aids no país, é preciso o envolvimento de toda a sociedade. O Brasil foi pioneiro na resposta à epidemia, mas o momento atual mostra que é preciso aperfeiçoar muitos pontos da assistência. Acreditamos que a inclusão da atenção básica no cuidado do portador do HIV trará benefícios a todos os envolvidos, usuários, profissionais de saúde e sociedade civil organizada.

Esse processo está sendo feito a partir dos municípios e estados e tem todo o respaldo do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Departamento de Atenção Básica e do Ministério da Saúde.

A presente publicação é também uma resposta aos indicadores do projeto Aids- SUS, estruturando a governança da resposta nacional ao enfrentamento das DST/aids nas instâncias estaduais e municipais.

Convidamos todos à leitura das experiências do manejo clínico do portador do HIV em unidades básicas de saúde.

Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

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Caderno de Boas Práticas em HIV/Aids na Atenção Básica mostra as ações bem sucedidas de algumas cidades brasileiras sobre o manejo dos pacientes de HIV/aids na atenção básica.

Ano: 2014

Edição: Ministério de DST, Aids e Hepatites Virais

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