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4.2- Dependência de Álcool – O maior problema de saúde pública

O diagnóstico e tratamento precoce da dependência ao álcool têm papel fundamental no prognóstico deste transtorno, o que se amplia em uma perspectiva global de prevenção e promoção da saúde, e se agrava ao constatarmos que, de uma forma geral, há despreparo significativo e desinformação das pessoas que lidam diretamente com o problema, sejam elas usuários, familiares ou profissionais de saúde.

Aproximadamente 20% dos pacientes tratados na rede primária bebem em um nível considerado de alto risco, pelo menos fazendo uso abusivo do álcool. Estas pessoas têm seu primeiro contato com os serviços de saúde por intermédio de clínicos gerais. Apesar disso, estes pouco detectam a presença de acometimento por tal uso, o que tem repercussão negativa sobre as possibilidades de diagnóstico e tratamento. Vimos que, no geral, o foco da atenção está voltado para as doenças clínicas decorrentes da dependência que ocorrem tardiamente - e não para a dependência subjacente.

Os fatos acima assumem importância maior dentro de um contexto preventivo e da Redução de Risco e Danos, ao considerarmos que, via de regra, o período médio entre o primeiro problema decorrente do uso de álcool e a primeira intervenção voltada para este problema é de 05 anos; a demora na intervenção primária piora o prognóstico.

O consumo abusivo e a dependência do álcool são responsáveis por cerca de 1,5% de todas as mortes no mundo e 2,5% do total de anos vividos ajustados para incapacidade. Grande parte das internações hospitalares em saúde mental, 70% das mortes violentas e 75% das mortes no trânsito têm relação com o abuso/dependência de álcool.

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