Header Ads

test

Hanseníase - aspectos clínicos



ASPECTOS CLÍNICOS

A hanseníase manifesta-se através de sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos que podem levar à suspeição diagnóstica da doença. As alterações neurológicas, quando não diagnosticadas e tratadas adequadamente, podem causar incapacidades físicas que podem evoluir para deformidades.

3.1. SINAIS E SINTOMAS DERMATOLÓGICOS

A hanseníase manifesta-se através de lesões de pele que se apresentam com diminuição ou ausência de sensibilidade.

As lesões mais comuns são:
• Manchas pigmentares ou discrômicas: resultam da ausência, diminuição ou aumento de melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele.
• Placa: é lesão que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser individual ou constituir aglomerado de placas.
• Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se, às vezes, de eritema discreto. Pela vitropressão, surge fundo de cor café com leite. Resulta da presença na derme de infiltrado celular, às vezes com edema e vasodilatação.
• Tubérculo: designação em desuso, significava pápula ou nódulo que evolui deixando cicatriz.
• Nódulo: lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É processo patológico que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme. Pode ser lesão mais palpável que visível (Figura 1).

Essas lesões podem estar localizadas em qualquer região do corpo e podem, também,
acometer a mucosa nasal e a cavidade oral. Ocorrem, porém, com maior freqüência, na face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas.

Na hanseníase, as lesões de pele sempre apresentam alteração de sensibilidade. Esta é uma característica que as diferencia das lesões de pele provocadas por outras doenças dermatológicas.


A sensibilidade nas lesões pode estar diminuída (hipoestesia) ou ausente (anestesia),
podendo também haver aumento da sensibilidade (hiperestesia).

3.2. SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS

A hanseníase manifesta-se, além de lesões na pele, através de lesões nos nervos
periféricos. Essas lesões são decorrentes de processos inflamatórios dos nervos periféricos (neurites) e podem ser causados tanto pela ação do bacilo nos nervos como pela reação do organismo ao bacilo ou por ambas. Elas manifestam-se através de:
• dor e espessamento dos nervos periféricos;
• perda de sensibilidade nas áreas inervadas por esses nervos, principalmente nos olhos, mãos e pés;
• perda de força nos músculos inervados por esses nervos principalmente nas pálpebras e nos membros superiores e inferiores.

A neurite, geralmente, manifesta-se através de um processo agudo, acompanhado de dor intensa e edema. No início, não há evidência de comprometimento funcional do nervo, mas, freqüentemente, a neurite torna-se crônica e passa a evidenciar esse comprometimento, através da perda da capacidade de suar, causando ressecamento na pele.

Há perda de sensibilidade, causando dormência e há perda da força muscular, causando paralisia nas áreas inervadas pelos nervos comprometidos.

Quando o acometimento neural não é tratado pode provocar incapacidades e deformidades pela alteração de sensibilidade nas áreas inervadas pelos nervos comprometidos.

Alguns casos, porém, apresentam alterações de sensibilidade e alterações motoras (perda de força muscular) sem sintomas agudos de neurite. Esses casos são conhecidos como neurite silenciosa.

As lesões neurais aparecem nas diversas formas da doença, sendo freqüentes nos Estados Reacionais.

EVOLUÇÃO DA DOENÇA

As pessoas, em geral, têm imunidade contra o Mycobacterium leprae. A maioria das pessoas não adoece. Entre as que adoecem, o grau de imunidade varia e determina a evolução da doença.

A doença, inicialmente, manifesta-se através de lesões de pele: manchas esbranquiçadas ou avermelhadas que apresentam perda de sensibilidade, sem evidência de lesão nervosa troncular.


Estas lesões de pele ocorrem em qualquer região do corpo, mas, com maior freqüência, na face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas. Podem, também, acometer a mucosa nasal.


Com a evolução da doença não tratada, manifestam-se as lesões nos nervos, principalmente nos troncos periféricos. Podem aparecer nervos engrossados e doloridos, diminuição de sensibilidade nas áreas inervadas por eles: olhos, mãos e pés, e diminuição da força dos músculos inervados pelos nervos comprometidos. Essas lesões são responsáveis pelas incapacidades e deformidades características da hanseníase.
-------------------------------------------------------------------------------------------------
1. Definição de caso de hanseníase 4.Diagnóstico

4.1 Diagnóstico clínico
2. Aspectos epidemiológicos 4.2 Diagnóstico laboratorial
2.1 Agente etiológico 4.3 Diagnóstico diferencial
2.2 Modo de transmissão

7. Vigilância epidemiológica
3.Aspectos clínicos 7.1 Descoberta de casos
3.1 Sinais e sintomas dermatológicos 7.2 Sistema de informação
3.2 Sinais e sintomas nerológicos

8. Educação em saúde


Nenhum comentário