6.7 - Abordagem de Campo
A abordagem de campo deve ser feita com base nas especificidades e características da população a ser trabalhada, previamente mapeada, e na dependência da qualidade do vínculo inicial estabelecido com ela.
A experiência mostra que a estratégia de empregar lideranças e pessoas oriundas da comunidade como agentes de campo é a maneira mais indicada, devido à familiaridade com a cultura, o que serve como elemento facilitador para o contato e oferece maior legitimidade às informações e discussões realizadas junto ao grupo. No entanto, técnicos bem capacitados e disponíveis para o enfrentamento das diferenças que marcam os indivíduos podem ser adequados ao trabalho, em especial se conseguem estabelecer um vínculo de confiança com a população que vão abordar. Em última instância, podemos afirmar que será a relação estabelecida com a comunidade que dará legitimidade ao trabalho, assegurando-lhe maior efetividade, já que nem sempre o fato de ser oriundo deste segmento populacional assegura ao indivíduo os atributos e a legitimidade necessários para o desenvolvimento das ações de campo.
A qualidade da comunicação entre o agente de saúde e a população acessada é fundamental para o sucesso do trabalho educativo feito em campo. A escuta atenta e respeitosa das demandas apresentadas, que muitas vezes irão transcender o tema das DST/AIDS/Hepatites ou outras doenças, fará com que o indivíduo abordado se situa à vontade para discutir suas vivências práticas e dificuldades cotidianas, possibilitando uma abordagem qualificada e aumentando a probabilidade de melhor conhecer e atuar junto a esta população.
É fundamental manter uma postura isenta de críticas e de pré-julgamentos, pautada no respeito às características de cada pessoa presente no campo de trabalho, para que os agentes de saúde possam focalizar questões específicas com relação à saúde, e com isto contribuir para a construção de um projeto coletivo que visa o benefício de toda aquela comunidade.
Não existe um perfil ideal para o redutor de danos ou uma receita pronta para sua atuação. Ele deverá se adequar às dificuldades que for encontrando durante a abertura do campo, sendo necessário ter “jogo de cintura” para entrar em um Universo desconhecido ou assumir um novo papel que ele vai conhecendo no processo.
O trabalho exigirá dele, certamente, sensibilidade para perceber as diferentes situações que se apresentam como, por exemplo, saber quando deve entrar ou não no campo, se a área está limpa ou suja com relação a ação policial e se está havendo guerra entre traficantes (o ideal é ter um usuário ou alguém da comunidade que possa sempre dar essa informação, logo na chegada).
É preciso ainda que o redutor de danos reconheça a importância do trabalho que está fazendo, tenham objetivos e limites bem definidos, clareza e consciência do seu papel e não seja preconceituoso.
Eventualmente, no trabalho de campo, deparamo-nos com sessões de uso. Esse é um dos momentos mais delicados, no qual o redutor deve ter e demonstrar tranqüilidade e estar preparado para aceitar e conhecer os principais efeitos da droga. A aceitação da presença do redutor de danos em uma sessão de uso tem o significado de aceitação do redutor e do PRD por aquele grupo de usuários.
Os redutores de danos devem orientar o uso dos kits e o não compartilhamento destes materiais.
O trabalho de campo com Uds exige, do redutor de danos, alguns limites. Se o redutor é um usuário de drogas ele não deve ir a campo em condições de intoxicação que o impeçam de atuar. Da mesma forma, ele não deve portar drogas ilícitas enquanto estiver atuando no campo, para evitar riscos e contratempos desnecessários à equipe e ao projeto (se ocorrer uma batida policial, por exemplo).
Não se trata aqui de negar a condição de UD do redutor de danos, mas de desenvolver a sua capacidade de discernir entre sua vida privada e o trabalho.
A abordagem de campo deve ser feita com base nas especificidades e características da população a ser trabalhada, previamente mapeada, e na dependência da qualidade do vínculo inicial estabelecido com ela.
A experiência mostra que a estratégia de empregar lideranças e pessoas oriundas da comunidade como agentes de campo é a maneira mais indicada, devido à familiaridade com a cultura, o que serve como elemento facilitador para o contato e oferece maior legitimidade às informações e discussões realizadas junto ao grupo. No entanto, técnicos bem capacitados e disponíveis para o enfrentamento das diferenças que marcam os indivíduos podem ser adequados ao trabalho, em especial se conseguem estabelecer um vínculo de confiança com a população que vão abordar. Em última instância, podemos afirmar que será a relação estabelecida com a comunidade que dará legitimidade ao trabalho, assegurando-lhe maior efetividade, já que nem sempre o fato de ser oriundo deste segmento populacional assegura ao indivíduo os atributos e a legitimidade necessários para o desenvolvimento das ações de campo.
A qualidade da comunicação entre o agente de saúde e a população acessada é fundamental para o sucesso do trabalho educativo feito em campo. A escuta atenta e respeitosa das demandas apresentadas, que muitas vezes irão transcender o tema das DST/AIDS/Hepatites ou outras doenças, fará com que o indivíduo abordado se situa à vontade para discutir suas vivências práticas e dificuldades cotidianas, possibilitando uma abordagem qualificada e aumentando a probabilidade de melhor conhecer e atuar junto a esta população.
É fundamental manter uma postura isenta de críticas e de pré-julgamentos, pautada no respeito às características de cada pessoa presente no campo de trabalho, para que os agentes de saúde possam focalizar questões específicas com relação à saúde, e com isto contribuir para a construção de um projeto coletivo que visa o benefício de toda aquela comunidade.
Não existe um perfil ideal para o redutor de danos ou uma receita pronta para sua atuação. Ele deverá se adequar às dificuldades que for encontrando durante a abertura do campo, sendo necessário ter “jogo de cintura” para entrar em um Universo desconhecido ou assumir um novo papel que ele vai conhecendo no processo.
O trabalho exigirá dele, certamente, sensibilidade para perceber as diferentes situações que se apresentam como, por exemplo, saber quando deve entrar ou não no campo, se a área está limpa ou suja com relação a ação policial e se está havendo guerra entre traficantes (o ideal é ter um usuário ou alguém da comunidade que possa sempre dar essa informação, logo na chegada).
É preciso ainda que o redutor de danos reconheça a importância do trabalho que está fazendo, tenham objetivos e limites bem definidos, clareza e consciência do seu papel e não seja preconceituoso.
Eventualmente, no trabalho de campo, deparamo-nos com sessões de uso. Esse é um dos momentos mais delicados, no qual o redutor deve ter e demonstrar tranqüilidade e estar preparado para aceitar e conhecer os principais efeitos da droga. A aceitação da presença do redutor de danos em uma sessão de uso tem o significado de aceitação do redutor e do PRD por aquele grupo de usuários.
Os redutores de danos devem orientar o uso dos kits e o não compartilhamento destes materiais.
O trabalho de campo com Uds exige, do redutor de danos, alguns limites. Se o redutor é um usuário de drogas ele não deve ir a campo em condições de intoxicação que o impeçam de atuar. Da mesma forma, ele não deve portar drogas ilícitas enquanto estiver atuando no campo, para evitar riscos e contratempos desnecessários à equipe e ao projeto (se ocorrer uma batida policial, por exemplo).
Não se trata aqui de negar a condição de UD do redutor de danos, mas de desenvolver a sua capacidade de discernir entre sua vida privada e o trabalho.