Descrição - Micose sistêmica, predominantemente pulmonar, podendo, também, comprometer pele, laringe, ossos, articulação e meninges, entre outros. Após a infecção, 60% dos indivíduos apresentam infecção primária inaparente. Os demais, geralmente uma infecção moderada ou levemente grave. São sinais mais freqüentes: comprometimento respiratório baixo, febre, sudorese noturna, dor pleural, dispnéia, tosse produtiva, artralgia, anorexia. Eritema nodoso, polimorfo e reações exantemáticas podem ocorrer em até um quinto dos casos. A imagem radiológica revela adenomegalia hilar, infiltração pulmonar com derrame pleural. Até 5% dos casos que desenvolvem infecção primária permanecem com a infecção residual em forma de coccidiodoma (lesão nodular) ou de cavitação, podendo associar-se a fibrose e calcificações.
A forma disseminada é rara, porém fatal, e assumiu importante papel após o surgimento da aids, pois é pouco comum em pacientes imunocompetentes. Clinicamente, essa forma caracteriza-se por lesões pulmonares, acompanhadas por abcessos em todo o corpo, especialmente nos tecidos subcutâneos, pele, ossos e sistema nervoso central (SNC).
Sinonímia - Febre do Vale de São Joaquim, febre do deserto, reumatismo do deserto.
Agente etiológico - Coccidioides immitis, um fungo dimórfico.
Reservatório - O solo, especialmente de locais secos e com pH alcalino. A doença acomete o homem e outros animais (gado bovino, ovino, caprino, entre outros).
Modo de transmissão - Por inalação dos artroconídeos (forma do fungo no solo). A transmissão por inoculação, sobretudo a decorrente de acidentes de laboratório, é relativamente comum. Transmissão durante a gravidez é rara e, quando ocorre, pode haver mortalidade neonatal.
Período de incubação - De uma a 4 semanas.
Período de transmissibilidade - Não é doença contagiosa de indivíduo a indivíduo.
Complicações - A disseminação da doença constitui sua maior complicação.
Por esse motivo os pacientes soropositivos para HIV ou com aids devem ser seguidos criteriosamente.
Diagnóstico - É clínico, epidemiológico e laboratorial. Esse último é feito pela demonstração do parasita em exame micológico direto (escarro, pus, LCR, raspado de lesão de pele, biópsia) ou em cultura de secreções em ágar- Sabouraud. A coleta e o processamento de material para cultura devem ser feitos por pessoal treinado, em laboratório de segurança nível II; a manipulação de culturas e/ou material de solo sabidamente contaminado pelo C. immitis devem ser feitos em nível de contenção de risco NB3.
A histopatologia pode ser útil com achado de esférulas com endosporos. A sorologia é feita através da detecção de IgM e os níveis de IgG requerem criteriosa avaliação. Os testes cutâneos com esferulina têm pouco valor diagnóstico, pois permanecem positivos, mesmo após a infecção. São de valor epidemiológico, uma vez que detectam áreas onde ocorre a infecção.
Diagnóstico diferencial - Tuberculose, meningite tuberculosa, paracoccidioidomicose, esporotricose, histoplasmose, neoplasias. No Brasil, é importante o diagnóstico diferencial com a leishmaniose visceral (Calazar), sobretudo em áreas onde ocorrem as duas doenças.
Tratamento – Seu médico ou posto de saúde
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivos - Diagnosticar e tratar precocemente todos os casos para evitar as formas graves; identificar os focos, através da investigação, para o desencadeamento de medidas de educação em saúde, com vistas a impedir novas infecções.
MEDIDAS DE CONTROLE
Em áreas endêmicas, implementar atividades educativas acerca do risco de infecção e formas de proteção.
Medidas alternativas, tais como umedecer solos secos e campos de pouso, bem como o uso de máscaras e, se possível, a utilização de veículos com ar refrigerado são também utilizadas em situações específicas.
Os profissionais de saúde devem seguir estritas normas de biossegurança ao manejar pacientes ou manipular amostras em laboratório.
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A forma disseminada é rara, porém fatal, e assumiu importante papel após o surgimento da aids, pois é pouco comum em pacientes imunocompetentes. Clinicamente, essa forma caracteriza-se por lesões pulmonares, acompanhadas por abcessos em todo o corpo, especialmente nos tecidos subcutâneos, pele, ossos e sistema nervoso central (SNC).
Sinonímia - Febre do Vale de São Joaquim, febre do deserto, reumatismo do deserto.
Agente etiológico - Coccidioides immitis, um fungo dimórfico.
Reservatório - O solo, especialmente de locais secos e com pH alcalino. A doença acomete o homem e outros animais (gado bovino, ovino, caprino, entre outros).
Modo de transmissão - Por inalação dos artroconídeos (forma do fungo no solo). A transmissão por inoculação, sobretudo a decorrente de acidentes de laboratório, é relativamente comum. Transmissão durante a gravidez é rara e, quando ocorre, pode haver mortalidade neonatal.
Período de incubação - De uma a 4 semanas.
Período de transmissibilidade - Não é doença contagiosa de indivíduo a indivíduo.
Complicações - A disseminação da doença constitui sua maior complicação.
Por esse motivo os pacientes soropositivos para HIV ou com aids devem ser seguidos criteriosamente.
Diagnóstico - É clínico, epidemiológico e laboratorial. Esse último é feito pela demonstração do parasita em exame micológico direto (escarro, pus, LCR, raspado de lesão de pele, biópsia) ou em cultura de secreções em ágar- Sabouraud. A coleta e o processamento de material para cultura devem ser feitos por pessoal treinado, em laboratório de segurança nível II; a manipulação de culturas e/ou material de solo sabidamente contaminado pelo C. immitis devem ser feitos em nível de contenção de risco NB3.
A histopatologia pode ser útil com achado de esférulas com endosporos. A sorologia é feita através da detecção de IgM e os níveis de IgG requerem criteriosa avaliação. Os testes cutâneos com esferulina têm pouco valor diagnóstico, pois permanecem positivos, mesmo após a infecção. São de valor epidemiológico, uma vez que detectam áreas onde ocorre a infecção.
Diagnóstico diferencial - Tuberculose, meningite tuberculosa, paracoccidioidomicose, esporotricose, histoplasmose, neoplasias. No Brasil, é importante o diagnóstico diferencial com a leishmaniose visceral (Calazar), sobretudo em áreas onde ocorrem as duas doenças.
Tratamento – Seu médico ou posto de saúde
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivos - Diagnosticar e tratar precocemente todos os casos para evitar as formas graves; identificar os focos, através da investigação, para o desencadeamento de medidas de educação em saúde, com vistas a impedir novas infecções.
MEDIDAS DE CONTROLE
Em áreas endêmicas, implementar atividades educativas acerca do risco de infecção e formas de proteção.
Medidas alternativas, tais como umedecer solos secos e campos de pouso, bem como o uso de máscaras e, se possível, a utilização de veículos com ar refrigerado são também utilizadas em situações específicas.
Os profissionais de saúde devem seguir estritas normas de biossegurança ao manejar pacientes ou manipular amostras em laboratório.
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