Descrição - Doença infecciosa aguda que acomete crianças após conjuntivite, com manifestações que seguem certa cronologia em curto espaço de tempo: inicia com febre alta (acima de 38,5ºC), taquicardia, erupção cutânea macular difusa, tipo petéquias, púrpuras e outras sufusões hemorrágicas, e hipotensão sistólica.
Aparecem, também, manifestações digestivas, como náuseas, vômitos, dor abdominal, enterorragias e diarréia, bem como mialgias e sinais de insuficiência renal (oligúria e anúria).
Ocorrem plaquetopenia, leucopenia com linfocitose ou leucocitose com linfocitopenia. Observa-se agitação, sonolência, cefaléia e convulsão. A cianose e taquidispnéia, conseqüente à acidose, faz parte da progressão da doença. Essa enfermidade, em geral, evolui de um a três dias, ou seja, é um grave quadro fulminante, cuja letalidade varia de 40% a 90%.
A natureza fulminante da FPB deve estar associada à liberação de toxinas pela bactéria.
Sinonímia - FPB. A conjuntivite que precede a FPB também é conhecida como conjuntivite bacteriana e olho roxo.
Agente etiológico - Haemophilus influenzae, biogrupo aegyptius. Bactéria gram-negativa sob a forma de bacilos finos e retos.
Reservatório - O homem, que também é a fonte de infecção (pessoas com conjuntivite pelo agente).
Modo de transmissão - Contato direto pessoa a pessoa que esteja com conjuntivite; ou indireto, por intermediação mecânica (insetos, toalhas, mãos).
Período de incubação - O intervalo de tempo entre o início da conjuntivite e a febre é, em média, de 7 a 16 dias (variando de 1 a 60 dias).
Período de transmissibilidade - Possivelmente, enquanto durar a conjuntivite.
Complicações - Choque séptico, com coagulação intravascular disseminada (CIVD), gangrenas com ou sem mutilações.
Diagnóstico - Clínico-epidemiológico e laboratorial. Esse último é feito através de exames:
Específicos - Cultura de sangue, material da conjuntiva, do líquor e de raspado de lesão de pele. Reação de contra-imunoeletroforese do soro e do líquor;
Inespecíficos - Hemograma, coagulograma, provas de função renal, gasometria.
Diagnóstico diferencial - Meningococcemia, septicemias por gramnegativos, dengue hemorrágico, febre maculosa, tifo exantemático, febre
hemorrágica argentina e boliviana e outras febres hemorrágicas.
Tratamento - Procure seu médico ou posto de saúde.
Características epidemiológicas - Doença nova, descrita pela primeira vez em 1984, no município de Promissão, em São Paulo, onde ocorreram 10 óbitos com quadro semelhante a meningococcemia.
Concomitantemente, observou-se quadro semelhante em Londrina, com 13 casos e 7 óbitos, e outros em cidades próximas à Promissão.
Desse período até hoje, há registro dessa enfermidade em mais de 15 municípios de São Paulo, em áreas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os únicos casos descritos fora do Brasil ocorreram em novembro de 1986, na região central da Austrália (Alice-Springs). O agente etiológico foi isolado do sangue de casos clínicos em 1986. Anteriormente, este agente nunca havia sido associado à doença invasiva, até o apareciment da FPB.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivo - Acompanhamento dos casos de conjuntivite, nas áreas de ocorrência da doença, visando a adoção das medidas de controle indicadas.
.
Definição de caso
Suspeito - Criança que teve ou está com conjuntivite e desenvolve quadro agudo de febre, acompanhado de algum outro sinal de toxemia (palidez perioral, vômitos, dor abdominal, alterações do estado de consciência);
Confirmado - Quadro febril agudo em criança, com isolamento, no sangue ou no líquor, de Haemophilus aegyptius; quadro febril agudo com manifestações hemorrágicas em pele ou digestivas, antecedente de conjuntivite purulenta, contra-imunoeletroforese e culturas negativas para meningococo e outras bactérias para as quais o teste tenha sido realizado. Presença de Haemophilus aegyptius em conjuntiva, ou dados epidemiológicos da área, como ocorrência de surtos de conjuntivite (município, escola, creches, grupamentos familiares) com identificação de Haemophilus aegyptius cepa invasora; doença aguda em criança, caracterizada por febre igual ou superior a 38,5º C; dor abdominal e vômitos; petéquias e/ou púrpuras; sem evidência de meningite; antecedente de conjuntivite (em familiares) e sem antecedente de ocorrência de meningite na área de abrangência do caso;
Provável - Quadro febril agudo, com manifestações toxêmicas e/ou hemorrágicas, em criança, após exclusão de outras bactérias como possíveis agentes etiológicos. Contra-imunoeletroforese negativa para meningococo. Antecedente de conjuntivite.
MEDIDAS DE CONTROLE
Nas áreas de ocorrência dessa doença, acompanhar os casos de conjuntivite e, em caso de surto, notificar os casos suspeitos da FPB. Quando se observar número de casos de conjuntivite superior ao do mês anterior, iniciar a coleta de secreção de conjuntivas de pacientes acometidos (pelo menos 20) para diagnóstico do agente (Laboratório de Referência) e realização dos exames.
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Aparecem, também, manifestações digestivas, como náuseas, vômitos, dor abdominal, enterorragias e diarréia, bem como mialgias e sinais de insuficiência renal (oligúria e anúria).
Ocorrem plaquetopenia, leucopenia com linfocitose ou leucocitose com linfocitopenia. Observa-se agitação, sonolência, cefaléia e convulsão. A cianose e taquidispnéia, conseqüente à acidose, faz parte da progressão da doença. Essa enfermidade, em geral, evolui de um a três dias, ou seja, é um grave quadro fulminante, cuja letalidade varia de 40% a 90%.
A natureza fulminante da FPB deve estar associada à liberação de toxinas pela bactéria.
Sinonímia - FPB. A conjuntivite que precede a FPB também é conhecida como conjuntivite bacteriana e olho roxo.
Agente etiológico - Haemophilus influenzae, biogrupo aegyptius. Bactéria gram-negativa sob a forma de bacilos finos e retos.
Reservatório - O homem, que também é a fonte de infecção (pessoas com conjuntivite pelo agente).
Modo de transmissão - Contato direto pessoa a pessoa que esteja com conjuntivite; ou indireto, por intermediação mecânica (insetos, toalhas, mãos).
Período de incubação - O intervalo de tempo entre o início da conjuntivite e a febre é, em média, de 7 a 16 dias (variando de 1 a 60 dias).
Período de transmissibilidade - Possivelmente, enquanto durar a conjuntivite.
Complicações - Choque séptico, com coagulação intravascular disseminada (CIVD), gangrenas com ou sem mutilações.
Diagnóstico - Clínico-epidemiológico e laboratorial. Esse último é feito através de exames:
Específicos - Cultura de sangue, material da conjuntiva, do líquor e de raspado de lesão de pele. Reação de contra-imunoeletroforese do soro e do líquor;
Inespecíficos - Hemograma, coagulograma, provas de função renal, gasometria.
Diagnóstico diferencial - Meningococcemia, septicemias por gramnegativos, dengue hemorrágico, febre maculosa, tifo exantemático, febre
hemorrágica argentina e boliviana e outras febres hemorrágicas.
Tratamento - Procure seu médico ou posto de saúde.
Características epidemiológicas - Doença nova, descrita pela primeira vez em 1984, no município de Promissão, em São Paulo, onde ocorreram 10 óbitos com quadro semelhante a meningococcemia.
Concomitantemente, observou-se quadro semelhante em Londrina, com 13 casos e 7 óbitos, e outros em cidades próximas à Promissão.
Desse período até hoje, há registro dessa enfermidade em mais de 15 municípios de São Paulo, em áreas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os únicos casos descritos fora do Brasil ocorreram em novembro de 1986, na região central da Austrália (Alice-Springs). O agente etiológico foi isolado do sangue de casos clínicos em 1986. Anteriormente, este agente nunca havia sido associado à doença invasiva, até o apareciment da FPB.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivo - Acompanhamento dos casos de conjuntivite, nas áreas de ocorrência da doença, visando a adoção das medidas de controle indicadas.
.
Definição de caso
Suspeito - Criança que teve ou está com conjuntivite e desenvolve quadro agudo de febre, acompanhado de algum outro sinal de toxemia (palidez perioral, vômitos, dor abdominal, alterações do estado de consciência);
Confirmado - Quadro febril agudo em criança, com isolamento, no sangue ou no líquor, de Haemophilus aegyptius; quadro febril agudo com manifestações hemorrágicas em pele ou digestivas, antecedente de conjuntivite purulenta, contra-imunoeletroforese e culturas negativas para meningococo e outras bactérias para as quais o teste tenha sido realizado. Presença de Haemophilus aegyptius em conjuntiva, ou dados epidemiológicos da área, como ocorrência de surtos de conjuntivite (município, escola, creches, grupamentos familiares) com identificação de Haemophilus aegyptius cepa invasora; doença aguda em criança, caracterizada por febre igual ou superior a 38,5º C; dor abdominal e vômitos; petéquias e/ou púrpuras; sem evidência de meningite; antecedente de conjuntivite (em familiares) e sem antecedente de ocorrência de meningite na área de abrangência do caso;
Provável - Quadro febril agudo, com manifestações toxêmicas e/ou hemorrágicas, em criança, após exclusão de outras bactérias como possíveis agentes etiológicos. Contra-imunoeletroforese negativa para meningococo. Antecedente de conjuntivite.
MEDIDAS DE CONTROLE
Nas áreas de ocorrência dessa doença, acompanhar os casos de conjuntivite e, em caso de surto, notificar os casos suspeitos da FPB. Quando se observar número de casos de conjuntivite superior ao do mês anterior, iniciar a coleta de secreção de conjuntivas de pacientes acometidos (pelo menos 20) para diagnóstico do agente (Laboratório de Referência) e realização dos exames.
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