Amebíase

Descrição

Infecção causada por protozoário que se apresenta em duas formas: cisto e trofozoíto. Esse parasito pode atuar como comensal ou provocar a invasão de tecidos, originando as formas intestinal e extra- intestinal da doença. O quadro clínico varia de até uma forma branda,
caracterizada por desconforto abdominal leve ou moderado, com sangue e/ou muco nas dejeções, a uma diarréia aguda e fulminante, de caráter sanguinolento ou mucóide, acompanhada de febre e calafrios.

Podem ou não ocorrer períodos de remissão. Em casos graves, as formas trofozoíticas se disseminam pela corrente sangüínea, provocando abcesso no fígado (com maior freqüência), nos pulmões ou cérebro.

Quando não diagnosticadas a tempo, podem levar o paciente a óbito.

Agente etiológico - Entamoeba histolytica.

Reservatório - O homem.

Modo de transmissão - As principais fontes de infecção são a ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes contendo cistos amebianos maduros. Ocorre mais raramente na transmissão sexual, devido a contato oral-anal. A falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminação de cistos nos componentes da família. Os portadoresassintomáticos, que manipulam alimentos, são importantes disseminadoresdessa protozoose.

Período de incubação - Entre duas a quatro semanas, podendo variar dias, meses ou anos.

Período de transmissibilidade - Quando não tratada, pode durar anos.

Complicações - Granulomas amebianos (amebomas) na parede do intestino grosso, abcesso hepático, pulmonar ou cerebral, empiema, pericardite, colite fulminante com perfuração.

Diagnóstico - Presença de trofozoítos ou cistos do parasito encontradosnas fezes; em aspirados ou raspados, obtidos através de endoscopia ou proctoscopia; ou em aspirados de abcessos ou cortes de tecido.

Os anticorpos séricos podem ser dosados e são de grande auxíliono diagnóstico de abcesso hepático amebiano. A ultra-sonografia e tomografia axial computadorizada são úteis no diagnóstico de abcessos amebianos.

Tratamento – seu médico ou posto de saúde.

Características epidemiológicas - Estima-se que mais de 10% da população mundial está infectada por E. dispar e E. histolytica, que são espécies morfologicamente idênticas, mas só a última é patogênica, sendo a ocorrência estimada em 50 milhões de casos invasivos/ano. Em países em desenvolvimento, a prevalência da infecção é alta, sendo que 90% dos infectados podem eliminar o parasito durante 12 meses. Infecções são transmitidas por cistos através da via fecal-oral. Os cistos, no interior do hospedeiro humano, liberam os trofozoítos. A transmissão é mantida pela eliminação de cistos no ambiente, que podem contaminar a água e alimentos.

Estes permanecem viáveis no meio ambiente, ao abrigo de luz solar e condições de umidade favoráveis, durante cerca de 20 dias. Sua ocorrência está associada com condições inadequadas de saneamento básico, deficiência de higiene pessoal/ambiental e determinadas práticas sexuais.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Objetivos - Diagnosticar e tratar os casos para impedir a transmissão direta ou indireta da infecção a outras pessoas.

Notificação - Não é doença de notificação compulsória.

MEDIDAS DE CONTROLE

Gerais - Impedir a contaminação fecal da água e alimentos através de medidas de saneamento, educação em saúde, destino adequado das fezes e controle dos indivíduos que manipulam alimentos;

Específicas - Lavar as mãos, após o uso do sanitário e lavar cuidadosamente dos vegetais com água potável, e deixando-os imersos em hipoclorito de sódio a 2,5% (uma colher de sopa de hipoclorito em 1 litro de água filtrada) durante meia hora, para eliminar os cistos.

Evitar práticas sexuais que favoreçam o contato fecal-oral. Investigar os contatos e a fonte de infecção, ou seja, exame coproscópico dos membros do grupo familiar e de outros contatos. O diagnóstico de um caso em quartéis, creches, orfanatos e outras instituições indica a realização de inquérito coproscópico para tratamento dos portadores de cistos. Realizar a fiscalização dos prestadores de serviços na área de alimentos, atividade a cargo da vigilância sanitária.

Isolamento - Em pacientes internados, precauções do tipo entérico devem ser adotadas. Pessoas infectadas devem ser afastadas de atividades de manipulação dos alimentos.

Desinfecção - Concorrente, destino adequado das fezes.

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Amebíase Doenças Diarréicas Agudas
Ancilostomíase Enterobíase
Ascaridíase Escabiose
Botulismo Esquistossomose
Brucelose Estrongiloidíase
Coccidioidomicose Febre amarela
Cólera Febre maculosa brasileira
Coqueluche Febre purpúrica brasileira
Criptococose Febre Tifóide
Criptosporidíase Filaríase por Wuchereria Bancrofti
Dengue Giardíase
Doença de Chagas Hanseníase
Doença de Lyme Hantaviroses
Doença Meningocócica


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