Descrição - Infecção fúngica que apresenta duas formas: cutânea e sistêmica.
A forma cutânea aparece em 10% a 15% dos casos (na maioria das vezes, precede a doença sistêmica) e é caracterizada por manifestações de lesões acneiformes, rash cutâneo, ulcerações ou massas subcutâneas que simulam tumores. A forma sistêmica, freqüentemente, aparece como uma meningite subaguda ou crônica, caracterizada por febre, fraqueza, dor no peito, rigidez de nuca, dor de cabeça, náusea e vômito, sudorese noturna, confusão mental e alterações de visão. Pode haver comprometimento ocular, pulmonar, ósseo e, às vezes, da próstata.
Sinonímia - Torulose, blastomicose européia.
Agente etiológico - Um fungo, o Cryptococcus neoformans, nas variedades neoformans (sorotipo A e D) e gatti (sorotipo B e C). O C. neoformans, variação. neoformans sorotipo A, é responsável por mais de 90% das infecções nos pacientes com aids no Brasil, enquanto avariedade gatti acomete principalmente indivíduos sem imunossupressão aparente.
Reservatório - Fungo saprófita que vive no solo, frutas secas, cereais e nas árvores e é isolado nos excrementos de aves, principalmente pombos.
Modo de transmissão - Inalação.
Período de incubação - Desconhecido. O comprometimento pulmonar pode anteceder, em anos, o acometimento cerebral.
Período de transmissibilidade - Não há transmissão homem a homem, nem de animais ao homem.
Complicações - O fungo pode viver como saprófita na árvore brônquica, podendo expressar-se clinicamente na vigência de imunodeficiência.
Cerca de 5 a 10% dos pacientes com aids são acometidos por essa micose.
A meningite causada pelo Cryptococcus, se não tratada a tempo, pode causar a morte.
Diagnóstico - O diagnóstico é clínico e laboratorial e a confirmação é feita com a evidenciação do criptococo através do uso de “tinta da China” (nankin), que torna visíveis formas encapsuladas e em gemulação em materiais clínicos.
Essa técnica é a consagrada para o diagnóstico das meningites criptocócicas (exame do LCR). Pode-se isolar o criptococo também na urina ou no pus, em meio de Agar Sabouraud.
A sorologia, no LCR e no soro, e a histopatologia podem ser úteis.
A radiografia de tórax pode ajudar no diagnóstico, podendo ou não ser usada para confirmar a doença, demonstrando danos pulmonares, revelando massa única ou nódulos múltiplos distintos.
Diagnóstico diferencial - Toxoplasmose, tuberculose, meningoencefalites, sífilis, sarcoidose, histoplasmose e linfomas.
Tratamento – Procure seu médico ou posto de saúde.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivos - Diagnosticar e tratar adequadamente todos os casos, devendo atentar para o fato de que a criptococose, geralmente, está associada à imunossupressão, servindo de evento sentinela para a busca de sua associação com fatores imunossupressores (linfomas, leucemias, uso prolongado de corticosteróides, aids, transplantes e desnutrição severa).
MEDIDAS DE CONTROLE
Até o momento, não existem medidas preventivas específicas, a não ser atividades educativas com relação ao risco de infecção.
Medidas de controle de proliferação de pombos, devem ser implementadas. Assim, nas áreas com grande número de pombos, deve-se diminuir a disponibilidade de alimento, água e principalmente abrigos, visando reduzir a população. Os locais com acúmulo de fezes devem ser umidificados para que os fungos possam ser removidos com segurança, evitando a dispersão por aerossóis.
Não há necessidade de isolamento dos doentes. As medidas de desinfecção de secreção e fômites devem ser as de uso hospitalar rotineiro.
-------------------------------------------------------------------------------------------------
A forma cutânea aparece em 10% a 15% dos casos (na maioria das vezes, precede a doença sistêmica) e é caracterizada por manifestações de lesões acneiformes, rash cutâneo, ulcerações ou massas subcutâneas que simulam tumores. A forma sistêmica, freqüentemente, aparece como uma meningite subaguda ou crônica, caracterizada por febre, fraqueza, dor no peito, rigidez de nuca, dor de cabeça, náusea e vômito, sudorese noturna, confusão mental e alterações de visão. Pode haver comprometimento ocular, pulmonar, ósseo e, às vezes, da próstata.
Sinonímia - Torulose, blastomicose européia.
Agente etiológico - Um fungo, o Cryptococcus neoformans, nas variedades neoformans (sorotipo A e D) e gatti (sorotipo B e C). O C. neoformans, variação. neoformans sorotipo A, é responsável por mais de 90% das infecções nos pacientes com aids no Brasil, enquanto avariedade gatti acomete principalmente indivíduos sem imunossupressão aparente.
Reservatório - Fungo saprófita que vive no solo, frutas secas, cereais e nas árvores e é isolado nos excrementos de aves, principalmente pombos.
Modo de transmissão - Inalação.
Período de incubação - Desconhecido. O comprometimento pulmonar pode anteceder, em anos, o acometimento cerebral.
Período de transmissibilidade - Não há transmissão homem a homem, nem de animais ao homem.
Complicações - O fungo pode viver como saprófita na árvore brônquica, podendo expressar-se clinicamente na vigência de imunodeficiência.
Cerca de 5 a 10% dos pacientes com aids são acometidos por essa micose.
A meningite causada pelo Cryptococcus, se não tratada a tempo, pode causar a morte.
Diagnóstico - O diagnóstico é clínico e laboratorial e a confirmação é feita com a evidenciação do criptococo através do uso de “tinta da China” (nankin), que torna visíveis formas encapsuladas e em gemulação em materiais clínicos.
Essa técnica é a consagrada para o diagnóstico das meningites criptocócicas (exame do LCR). Pode-se isolar o criptococo também na urina ou no pus, em meio de Agar Sabouraud.
A sorologia, no LCR e no soro, e a histopatologia podem ser úteis.
A radiografia de tórax pode ajudar no diagnóstico, podendo ou não ser usada para confirmar a doença, demonstrando danos pulmonares, revelando massa única ou nódulos múltiplos distintos.
Diagnóstico diferencial - Toxoplasmose, tuberculose, meningoencefalites, sífilis, sarcoidose, histoplasmose e linfomas.
Tratamento – Procure seu médico ou posto de saúde.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivos - Diagnosticar e tratar adequadamente todos os casos, devendo atentar para o fato de que a criptococose, geralmente, está associada à imunossupressão, servindo de evento sentinela para a busca de sua associação com fatores imunossupressores (linfomas, leucemias, uso prolongado de corticosteróides, aids, transplantes e desnutrição severa).
MEDIDAS DE CONTROLE
Até o momento, não existem medidas preventivas específicas, a não ser atividades educativas com relação ao risco de infecção.
Medidas de controle de proliferação de pombos, devem ser implementadas. Assim, nas áreas com grande número de pombos, deve-se diminuir a disponibilidade de alimento, água e principalmente abrigos, visando reduzir a população. Os locais com acúmulo de fezes devem ser umidificados para que os fungos possam ser removidos com segurança, evitando a dispersão por aerossóis.
Não há necessidade de isolamento dos doentes. As medidas de desinfecção de secreção e fômites devem ser as de uso hospitalar rotineiro.
-------------------------------------------------------------------------------------------------